quinta-feira, 10 de maio de 2012

Bons Livros ...(63)



O MAIS LONGO DOS DIAS


CORNELIUS RYAN............ (1959)


No dia 6 de junho de 1944, as tropas aliadas desembarcaram nas praias da Normandia ocupada pelos nazistas, na França, numa das mais ousadas e sangrentas estratégias militares da era moderna, que marcou o início do fim da Segunda Guerra mundial. A operação chamava-se Overlord. O dia do acontecimento, 6 de junho de 1944, passou para a história como o famoso Dia D.
Os mais proeminentes jornalistas da época fizeram os seus relatos sobre a ofensiva militar. Entre eles, o irlandês Cornelius Ryan, que celebrizou-se como o mais conhecido historiador militar da segunda metade do século 20. Através da sua metodologia de entrevistar envolvidos e recorrer a fontes primárias - não detendo-se apenas em dados oficiais -, inaugurou um novo tipo de relato histórico, tornando-se o precursor de autores como Stephen Ambrose.
Cornelius Ryan dividiu O mais longo dos dias em três partes principais: A espera, A noite e O dia. Na primeira delas, recria as horas que precederam o Desembarque, a errônea expectativa por parte dos alemães de que a ofensiva aliada ocorreria em outro local, Pas-de-Calais, de acesso mais fácil e onde o Canal da Mancha é mais estreito, os preparativos de oficiais de vários escalões de ambos os lados do combate.
Na segunda parte, conta como se desenrolou o ataque - por ar e água -, as impressões, angústias e medo dos soldados, as mortes instantâneas; e, finalmente, em O dia, mostra a paisagem e a vida de pequenas cidadezinhas francesas destroçadas ao servir de palco de guerra, a contagem dos mortos e feridos e o progressivo avanço das tropas aliadas para o interior da Europa ocupada.
Publicado originalmente em 1959, O mais longo dos dias foi levado às telas do cinema em uma superprodução internacional em 1962. Teve apenas uma edição brasileira, em 1963, esgotando-se rapidamente. Agora, a obra-prima de Cornelius Ryan volta ao mercado em nova tradução, dentro da Coleção L&PM Pocket.

Ps: O que é ÉPICO no livro é a FORMA que o autor ABORDOU o tema. Ao invés de contar a história pelos aspectos militares, ele conta pelo aspecto PESSOAL. Acompanha relatos de soldados de ambos os lados e te coloca na pele de um ranger desembarcando em Omaha ou na de um granadeiro alemão observando a maior invasão naval da história pela viseira de um bunker.

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