sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Por onde anda?


A MINA DO ROCK IN RIO 1

A arquiteta, psicanalista, astróloga e especialista em dependência química Silvana Sobral Pinto Dias estava grávida de nove meses quando o criador do logotipo do Rock in Rio, Cid Castro resolveu pintá-lo na imensa barriga da amiga e fotografá-la. A foto foi espalhada por vários lugares e se tornou razoavelmente conhecida. “Num dia de verão ensolarado, estávamos todos animados com a chegada do primeiro Rock in Rio, na ilha dos Amores, em Barra do Piraí (RJ). Modéstia à parte, minha barriga estava muito bonita e eu muito bem. Então Cid associou todo aquele meu momento especial ao nascimento do Iuri e do Rock in Rio ao mesmo tempo”, conta.

Apenas uma semana depois da foto, em 07 de janeiro de 1985, nascia Iuri. Mais quatro dias adiante e iniciava-se a primeira edição do Rock in Rio, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. “Quanto a não ir realmente fiquei triste, mas o rock já estava em mim através da foto... No mais, amamentei bastante vendo pela TV. Junto a esse momento, logo depois veio a eleição do Tancredo Neves (primeiro presidente civil eleito após mais de duas décadas de regime militar). Foi muito emocionante”, lembra.

O rock permanece vivo na vida de Silvana, mas de um modo quase surpreendente. “Talvez o viés com o rock seja através da arte e da leitura simbólica que a psicanálise suscita... Agora com a minha especialização em dependência química, talvez eu possa ajudar a esse pessoal que se perdeu com o mal uso das drogas. Há uma relação quase direta. ‘Sexo, drogas e rock and roll’ (risos). Como disse uma vez minha sócia,tem gente que parece que veio andando a pé de Woodstock e chegou agora’ (risos). As pessoas pegavam pesado”, opina.

Quanto a Iuri, hoje com 26 anos, é engenheiro ambiental e estudou música no Centro Musical Antonio Adolfo, no Rio de Janeiro. “Rapidamente, ele partiu para uma banda. Não é profissional, mas poderia ser, pois tem muito talento. O quarto dele é cheio de instrumentos musicais – guitarra, violão, baixo e percussão -, que eu trouxe para ele da Bahia. Acho que se a vocação dele não fosse para o meio ambiente, facilmente ele seria músico”, completa. Nada inesperado para quem ainda na barriga da mãe teve um contato tão próximo com o Rock in Rio.

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