quarta-feira, 27 de julho de 2011

Pequenas Historias do dia-dia....(13)


27 anos na música.

Semana passada fiquei sabendo do terrível desfecho da carreira da cantora inglesa Amy Winehouse. Encontrada morta em casa, deitada sozinha em sua cama.

Na boa alguém ainda acreditava que a dona daquela majestosa voz duraria muito?
Parecia querer acreditar muito que a sua vida de excessos não custaria a cobrar o preço na sua saúde. Uma pena.

Acho que o guitarrista dos Stones, keith Richards não passa a receita pra ninguém, li uma vez que os médicos acreditavam que Richards já deveria ter morrido pelo menos há uns 20 anos por tudo que ele já consumiu, mas o cara continua aí.
No decorrer dos dias a TV continuou a mostrar muitos fatos marcantes da breve carreira de Amy, comparações não faltaram, até levantaram suspeita que ela fosse nada mais que a reencarnação de outra cantora: Janis Joplin. É eu ouvi isso.

Vamos às comparações, Amy assim como Janis tinha uma voz singular, que como todo mundo diz “Lembra as cantoras negras”, as duas tinham uma vida particular conturbada, problemas com drogas e bebidas, e a maior de todas as duas morreram com 27 anos, no auge de suas vidas com dinheiro e praticamente tudo a suas disposições.

É verdade, mas fazer o que? É melhor morrer e se lembrado do que cair em um limbo criativo na qual todo artista passa, e poucos se recuperam.
Amy como diria Getúlio deixou a vida para entrar na historia, não vai me surpreender nada se daqui a algum tempo o cabelo bolo de noiva e vestidinhos anos trinta que ela usava entrarem na moda. Agora a artista vai ser elevada a categoria “Cult” e vai ser cool entender e ter os seus discos, suas mazelas e sua batalha pela vida será contada por várias gerações, arrisco até em dizer que já sei o que a minha filha Lanna Guido que tem apenas 4 anos irá ouvir na faculdade.

Impressionante a marca que finados artistas problemáticos deixam na memória popular, Kurt Cobain que morreu em 1994, deixou isso bem claro. Ele sim presenteou o mundo com um verdadeiro tesouro: nevermind , esse disco abalou a vida de muita gente (inclusive a minha ) e por conta do desapego ao sucesso e também a uma realidade conturbada deu o cano na própria vida na garagem de casa sua casa, isso tudo a os 27 anos.

Jimi Hendrix, negro americano, revolucionou o jeito de tocar guitarra, rifs estrondosos e energia vital única. Mostrou a todos o que era um guitarrista de verdade, principalmente em sua apresentação em Woodstock, ganhou dinheiro conquistou respeito (coisa muito difícil para um negro naqueles anos). É lembrado até hoje como maior de todos, também deixou o mundo a os 27 anos.

Jim Morrison, também um ícone o cara era super inteligente, formado em cinema montou uma banda que apareceu e incomodou muito. Por falar em suas letras o que pensava Morrison acabou endeusado. Também partiu dessa a os 27 anos.

Uma singularidade entre todos os personagens desse texto, todos aparentemente atingiram cedo de mais o ápice criativo dentro e suas carreiras.

Nunca saberemos se eles continuariam na crista de movimentos que eles mesmos criaram. O limbo criativo e um fator a ser pensado. Será que Cobain e sua trupe conseguiriam outro disco como nevermind? Ou que a Janis brindaria o mundo com outra “Cry Baby”, ou que todo mundo se cansaria das peripécias criativas de Jim, ou depois de queimar a guitarra o que Hendrix iria fazer?

É Emy, acho que você como seus colegas citados nesse humilde texto fizeram o que tinham que fazer, colocaram a boca no mundo, curtiram a beça e foram embora, antes que a mesmice chegasse.

Já coloquei, que agora você agora e Cult. Sua marca esta na eternidade.
Como já dizia Bono Vox:

“A morte e mais um passo na carreira”.

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