terça-feira, 30 de agosto de 2011

LÁGRIMAS DE CROCODILO

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JAQUELINE RORIZ VAI AS LÁGRIMAS EM PLENÁRIO,E AFIRMA TER SIDO ABSOLVIDA POR ELEITORES

Em seu primeiro pronunciamento da tribuna da Câmara dos Deputados desde março –quando um vídeo em que aparece recebendo dinheiro do pivô do mensalão do DEM foi divulgado–, a deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) afirmou nesta terça-feira (30) que não deve ser cassada porque já foi absolvida por seus eleitores. Ela também culpou a mídia pela pressão para que ela seja excluída da Casa. Seu processo de cassação vestá sendo votado nesta terça-feira.

Em um vídeo divulgado por Durval Barbosa, ex-secretário do governo do DF e pivô do escândalo de corrupção que derrubou o governador José Roberto Arruda, Jaqueline aparece recebendo pelo menos R$ 50 mil. Ela chamou as imagens de “clandestinas”. Seu advogado, José Eduardo Alckmin, nem sequer mencionou isso em sua fala –concentrou-se na tese de que o fato aconteceu em 2006, ou seja, antes de a deputada tomar posse.

Jaqueline disse que chorou muito com seus amigos e familiares por conta do processo aberto no Conselho de Ética da Casa, que recomendou sua cassação no relatório do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP). Disse ainda que sentiu “vergonha” pela exposição e viu injustiças contra ela na mídia. E concluiu com lágrimas nos olhos: “O juiz político dos meus atos é um só: os eleitores de Brasília. Em outro plano, Deus”.

Antes do discurso, Jaqueline se refugiou no café da Câmara para não ouvir o discurso do relator. Chegou em tempo de ouvir críticas duras mesmo assim. “Se fosse fato passado e sabido, até concordo. Mas ninguém sabia do que aconteceu em 2006”, disse o tucano, que em seguida se referiu aos ataques de Jaqueline na Câmara Legislativa do DF a Eurídice Brito (PMDB), que renunciou por envolvimento no mesmo esquema e flagrada em um vídeo semelhante.

“Quanta desfaçatez. Chamar de cara de pau, pedir CPI, dizer que a cidade sangra”, disse Sampaio. Jaqueline ouviu o fim do discurso do relator de seu caso com os braços cruzados e olhando para o chão. Ao terminar sua fala, ouviu aplausos de alguns colegas e vaias das galerias da Câmara, que continham algumas dezenas de pessoas.

A parlamentar e seu pai, o ex-governador Joaquim Roriz, passaram os últimos dias telefonando para aliados em busca de suporte para evitar a cassação. Se ela perder seus direitos políticos, não disputará eleições até 2022 –oito anos a partir da próxima votação, em 2014.


MAS OLHA ELA RINDO COMA GRANA NA MÃO

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