sábado, 27 de agosto de 2011

Pequenas Historias do Dia-Dia....(18)


O que acontece na LÍBIA.

Pode ate estar atrasado esse texto que escrevo agora, mas eu como autor ainda espero pelo fim dos fatos para poder dar como definitivo uma posição sobre o assunto.
É histórico falar que a região que hoje é conhecida como Líbia, foi uma província do império Otomano encontrava-se em um estado de profunda Anarquia no começo do século XX. Aproveitando-se de tal “bagunça” os italianos invadiram suas principais regiões litorâneas (Tripolitânia e Cineraica) isso em 1911. Com uma feroz resistência de uma ordem islâmica conhecida como saunusistas passou a controlar a cidade de Cineraica.
Com a chegada do Fascista Benito Mussolini ao poder na Itália, duas expedições foram enviadas ao país, depois disso não apenas o litoral mais agora toda a Líbia estava sob domínio italiano.
Durante a segunda guerra mundial o país foi um grande campo de batalha, tendo os ingleses como vencedores, esses se fixaram até a independência da Líbia em 1951. Com o apoio das nações que tinham vencido a grande guerra o chefe da ordem sanusita, Idris foi alçado ao posto de Rei. Transformaram a antiga colônia otomana e italiana em uma Monarquia.
Em 1969 o regime monárquico foi destituído por um grupo de oficiais e intelectuais, tendo como líder o General Muammar Khadafi que como a maioria dos militares quando chegam ao poder tornou-se um ditador.
Mas que um ditador Khadafi a os poucos foi se revelando um Tirano, seu governo concentrava todo poder em suas mãos e toda espécie de oposição era sumariamente punida e rechaçada. Muitos morreram por não concordarem com o regime imposto pelas armas.
Líder do país, Khadafi instituiu um chamado socialismo islâmico, que moldava as regras de poder socialistas com os mandamentos da religião vigente no território.
O apoio popular foi grande, grandes ditadores gozam desse artifício para colocar em pratica suas ideais de governo.
Com o advento das comunicações e das grandes redes sociais, muitas pessoas em sua maioria jovens começaram a organizar uma oposição, que pegando carona em um descontentamento de toda uma região dominada por governos ditadores e em sua maioria corrupta, começaram uma repressão que se tornou eficaz com adesão de muitas pessoas, com o apoio da comunidade internacional tornou possível o sonho da queda de Khadafi.
Agora penso eu porque tanto interesse internacional nesse país? Claro o petróleo. O ouro negro e abundante nas terras secas da Líbia. Está ai toda boa vontade americana e européia na guerra.
Olha em um território prestes a ser assombrado por uma nova ditadura islâmica como, por exemplo, o Iran, todo cuidado mostra-se pouco. Mas o que difere do movimento libertador nesse país e o descontentamento da população com seu governante, o índice de miséria e enorme, o desemprego desenfreado, a educação em frangalhos e muitas outras causas sociais são as verdadeiras causas da revolta.
O não apoio internacional a o governo, que a o longo da historia se mostrou hostil a os ideais americanos e ocidentais proporcionou uma deveras ajuda. Fico imaginando se Muammar tivesse cedido as exigências americanas ocidentais e tivesse se tornado um fiel seguidor dos EUA na guerra contra o terror, ele ate tentou mais não conseguiu. A historia já falava contra.
O petróleo mais uma vez aparece como fiel financiador de tal revolta, digo isso por que a séculos nações pobres na áfrica também lutam por uma dignidade antes perdida, mas não tem a riqueza do tal óleo para chamar tanta atenção.
Espero sim que o povo líbio encontre a sua paz,e que um governo realmente democrático assuma a responsabilidade de levar o país a um crescimento pelo menos contundente com os outros territórios espalhados mundo afora. Que não se perca em uma busca que pode apenas se tornar uma sangrenta batalha civil.
Depois de um atoleiro chamado Afeganistão e um erro chamado Iraque os EUA mais uma fez tem uma boa oportunidade de se consolidar como os fieis da balança. Espero estar errado pôs o povo árabe, com uma representação maciça de sua juventude, encontra-se cada vez mais disposto a se fazer ouvir e a dizer um possível NÃO.

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